História

Sobre o Clube

Passaram alguns anos desde que o Paula Ramos Esporte Clube reabriu suas portas em grande estilo, após novos investimentos e da união de antigos e novos quadros, que hoje já colhem os frutos de um trabalho sério e competente.

Começo

A história do Paula Ramos Esporte Clube começa no Trapiche da Praia de Fora, atual Beira-Mar de Florianópolis, passa pelo Café Glória e pelo bar Katcipis, até chegar no bairro Trindade, onde está sediado até hoje.

Passa também pelos heróis do futebol, por jornadas esportivas que marcaram o passado do clube e encheram de orgulho nossa gente.

Continua com seus inesquecíveis bailes vermelho-e-preto, pela vida social ativa nos anos 70 e 80. Enfrentou momentos de dificuldades contornadas com a mesma pujança dos pioneiros. A Estrela renascia junto com o novo milênio. Um novo Paula Ramos é oferecido para todos os públicos, resgatando o ideal de seus fundadores, de geração a geração.

Já faz 75 anos que o Paula Ramos  entrou na história de Florianópolis – e também na de muitas pessoas. O clube foi fundado em 15 de dezembro de 1937 por um grupo de amigos para desenvolver a natação e a prática de esportes em geral. O nome surgiu do local onde o grupo se encontrava: o trapiche Vitorino Paula Ramos, localizado na Praia de Fora (hoje Beira Mar Norte).

Na época, Santa Catarina era governada por Nereu Ramos e a população da Capital não ultrapassava 45 mil habitantes.

No dia 20 de dezembro daquele ano, o jornal A República noticiou a fundação do clube. Os sócios eram Porfírio Almeida Gonçalves, João Cristakis, Moacir Schtell, Júlio Ferreira Lobo, Arnoldo Sabino, Adolfo Monteiro Pinto, Rubens Sabino, Abelardo Rupp, Jonas de Oliveira, Dionísio Freitas, Osval Pereira Baixo, Olímpio Monteiro Pinto, Bruno Boss, Adolfo Boss, João José Cunha e Antônio Araújo Figueiredo.

Nos primeiros anos, os associados se reuniam no Café Glória (Bar do Cristakis, após 1951) para comemorar as vitórias do clube. Em 1963, no auge das conquistas esportivas, as comemorações passaram a ser feitas no Bar de Anastácio Katcipis, pois João Cristakis havia acabado de falecer. Em 1945, Liberato Carioni, entrou no clube. “Ele sempre contava que decidiu entrar após uma derrota do time de futebol”, lembra seu filho Humberto, que testemunhou, quando criança, toda a história do time do Paula Ramos.

Em 1954, foi comprado o atual terreno no bairro da Trindade, onde foi construído um campo para os treinos do time de futebol. Em 1978, um grupo de associados se reuniu, organizou uma diretoria e colocou títulos à venda. A partir daí, começou a construção do primeiro complexo esportivo do Paula Ramos, com piscina e quadras de tênis. “Nesse período, a venda de títulos foi muito forte. O clube já chegou a ter 3 mil associados”, lembra Carioni. Com o tempo, o clube ganhou quadras polivalentes, churrasqueiras e uma sede social com boate, restaurante e salão de festas. Em outra fase, foi implantada a pista de boliche, uma área para torneios de sinuca e outra para jogos de cartas e dominó.

Em 31 de março de 2008, um novo complexo sócio-esportivo foi entregue aos paulaínos e à sociedade catarinense.  A estrutura era outra, mas a estrela era a mesma: o Paula Ramos Esporte Clube reabriu as portas para dar continuidade a uma história de sucesso, antes ameaçada por um período de problemas financeiros.

A origem dessa profunda mudança está por volta do ano de 2003, quando o Paula Ramos, assim como muitos outros clubes brasileiros, passou a enfrentar uma fase difícil. “A situação econômica da época fez com que as famílias deixassem as atividades de lazer em segundo plano e atingiu em cheio os clubes sociais. Muitos faliram”, lembra Jarbas Carioni. Com a receita encolhendo, ficou difícil para o Paula Ramos arcar com as despesas e as dívidas foram se acumulando: pagamento de funcionários, Previdência Social, IPTU, conta de luz e outras despesas ficaram atrasadas. Equipamentos foram penhorados e o clube perigava ir a leilão.

“Depois de muito examinar a situação do clube e cogitar a possibilidade de fechar as portas, tivemos a ideia de conversar com alguma construtora para verificar se havia interesse em comprar parte do terreno”, lembra Humberto Carioni. A ideia foi discutida em Assembleia Geral nos anos de 2004 e 2005 e decidiu-se, então, fazer uma permuta com a construtora Magno Martins, que se interessou pelo local.

Mais tarde, descobriu-se que o zoneamento da área do clube não permitia construções naquele terreno. Com apoio da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, o zoneamento foi alterado e o Paula Ramos pôde, então, firmar um contrato de permuta com a construtora.

Dois terrenos, com área total de 11.557 m², foram vendidos para a construtora em novembro de 2006. O Paula Ramos ficou com uma área de 12.490 m², localizada nos fundos. “Em troca de parte do nosso patrimônio, a construtora construiu e equipou um novo clube e nos pagou mais R$ 2,9 milhões. Com esse dinheiro, saldamos todas as dívidas do clube e ainda sobrou uma boa quantia em caixa”, conta Carioni.

Após a venda do terreno, a diretoria implantou um novo modelo de gestão baseado em um plano de negócios elaborado pelo Sebrae. A principal mudança foi a abertura das portas do Paula Ramos para não sócios, que possibilitou ampliar a receita, tornando o clube superavitário.

Prova da saúde financeira do Paula Ramos é que, desde a reabertura, já foi possível construir uma piscina externa e um salão de festas. Outro investimento foi a instalação do sistema de ar condicionado.

Felizmente, tudo deu certo e o clube continua sua história. O símbolo do Paula Ramos tem uma estrela e, agora, ela brilha outra vez.